segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Quais são as estratégias para combater o estresse?



Fonte: www.youtube.com/channel/UCwvYgx4S6NtglO-qhm7cTtg

domingo, 7 de agosto de 2016

Seja esperto, diga não às drogas

Cordel

Hoje a sociedade
Se encontra ameaçada,
Por um mal que a assola
Essa droga tão falada,
Que destrói muitas famílias
Deixa a vida arrasada.

A pessoa que inicia
Procurando atenção,
Quer ficar encorajado
Pra cair na diversão.

O coitado nem percebe
Que ta indo pro caixão.

Logo quando ele começa
Acha que só vai provar,
Pois se acha muito forte
Para a droga abandonar,
Mas depois vai perceber
A droga lhe dominar.

E com o passar do tempo
Passa a se transformar,
De alegre e tranquilo
Agressivo vai ficar,
E agora seus amigos
Dele vão se afastar.

E também dentro de casa
Muda o comportamento,
O alegre jovem agora
É apenas um briguento,
E sem ver está levando
A família ao sofrimento.

Os colegas não consegue
No estudo acompanhar,
Pois a sua inteligência
Já começa a definhar
E pensando só na droga
Não consegue estudar.

Dia a dia se percebe
A situação pior,
O que usa já não serve
Ele busca algo maior,
Procurando outras drogas
Para se sentir melhor.

Quando a cola já não serve
Para lhes satisfazer,
Ele busca a maconha
Por esta mais forte ser,
Vai chegar então o momento
De efeito não fazer.

E nessa viagem louca
Ele vai se aprofundando,
Busca drogas mais potentes
E de tudo vai usando,
Não consegue perceber
O quanto ta se afundando.

Aquele que tem dinheiro
Cocaína vai comprar,
O mais pobre compra o crack
É mais fácil de encontrar,
Esse é muito perigoso
Tem poder para matar.

Tem efeito matador
E também outro poder ,
Viciar rapidamente
E para a alguém prender
Basta usá-lo uma vez
Pra a pessoa se render.

Aumentando a desgraça
Um tal oxi foi inventado,
É de cal e querosene
E tudo envenenado,
Mata mais do que as outras
Sem dar chance ao viciado.

Quando chega nessa fase
Tudo fica complicado,
O que parecia belo
Vai mostrar o outro lado
Quem queria aparecer
Agora vê-se isolado.

Se rebela com os pais
Pois se sente independente,
Achando que pode tudo
Quer mostrar que é valente
Quando passa o efeito
Só Deus sabe o que sente.

Quando acaba o dinheiro
E não pode mais comprar,
Vê-se logo em desespero
E começa a roubar,
Até dentro de sua casa
Rouba coisas do seu lar.

Anda sujo, maltrapilho
A calçada é seu lar,
Vive sempre mendigando
Esperando algo ganhar,
Pra comprar a sua droga
É disposto até matar.

Em um mundo violento
Vive ele envolvido,
Na escuridão das drogas
Compra briga com bandidos,
Muitos são os que se vão
Tem seu tempo reduzido.

Muitos jovens estão mortos
As famílias destruídas,
Outros vivem pelas ruas
Vivem ao léu e sem guarida,
Por uma atitude errada
Destruíram suas vidas.
E enquanto esses pobres.

Correm pra destruição
Peço que analisemos
Com devida atenção,
Como vive o traficante,
Que é chamado de chefão.

Vende droga, mas não usa
E só anda de carrão,
Leva vida sossegada
Só passeia de avião,
E o pobre viciado
Vive sujo pelo chão.

Deixo aqui o meu conselho
Pra você saber viver,
Bem tranquilo e sossegado
Sem ter nada a temer:
Fique longe dessa droga
Ela quer matar você.

Quer você ser descolado?
Porta-te decentemente,
Faça uso do seu charme
Seja um jovem influente
Ao estudo dê valor
Mostra que és inteligente.

Deve a jovem escolher
Um rapaz pra namorar,
Que possua qualidades
Saiba a todos agradar,
Se pegar um viciado
Vai morrer de apanhar.

Fique atento com o álcool
É uma porta de entrada,
Muitos que por ela entraram
Perceberam a cilada
Outros ao tentar voltar
Encontraram-na fechada.

O cigarro é outra droga
Venenoso e matador,
Quem o usa adquire
Enfisema e tumor.

Não destrua o teu corpo
Que Deus fez com tanto amor
Vê-se o fruto dessas drogas
Hoje em muitos lugares,
A lotar os cemitérios
Nos presídios aos milhares
Jovens presos por correntes
Dentro de seus próprios lares.

Se alguém fizer convite
Para alguma droga usar,
Foge dele sem demora
Se não vai te afundar
É melhor andar sozinho
Sem o mal pra te tentar.

Mostra que és diferente
Escolhendo o correto,
Se souberes que há drogas
Não queiras passar por perto
Mostrarás assim a todos
Quem de fato é esperto.

Se você já provou drogas
Pra deixar essa é a hora,
Recomeça tua vida
Faça isso sem demora
Tua vida não é lixo
Para ser jogada fora.

Aproveita tua vida
Valoriza a liberdade,
Anda com sabedoria
Te esquivas da maldade.
Pois quem vive sem as drogas
Vive em tranquilidade.


Roberto Celestino 
Taquaritinga do Norte, PE 

Saúde: Uma abordagem biopsicossocial

 




PSICOLOGIA É A CIÊNCIA que estuda o comportamento humano e tem por objetivo investigar a seguinte questão: por que as pessoas comportam-se de uma determinada maneira ou de outra? A Psicologia da Saúde também investiga o comportamento, mas no que diz respeito à saúde.

Diferenças individuais no comportamento humano contribuem para gerar diferentes resultados: saúde ou doença. Ter uma vida sedentária, fumar, ser obeso contribuem para aumentar o fator de risco para doença cardiovascular. Fumar ou beber aumentam as chances para o desenvolvimento de câncer.

Abordagem biopsicossocial

O individuo é composto por sistemas que se inter-relacionam – o biológico (células, tecidos e órgãos) e o psicológico (cognição, emoção, motivação). Estes, por sua vez, interagem com os sistemas sociais (sociedade, comunidade, família).

Mais especificamente, os mecanismos biológicos incluem genética, fisiologia, sexo, idade, vulnerabilidade ao stress, sistema imunológico, medicamentos; os processos psicológicos incluem personalidade, auto-eficácia, autocontrole, otimismo, suporte social, stress, estratégias de enfrentamento, dieta, comportamentos de risco, adesão à recomendação médica; e a influência social inclui pobreza, etnicidade, crença cultural, racismo e presença de doença crônica.

De acordo com a abordagem biopsicossocial fatores biológicos, psicológicos e sociológicos interagem produzindo no indivíduo saúde ou doença.

Saúde e doença

Saúde e doença não são conceitos opostos, elas existem dentro de um continuum.  Quanto mais à direita do gráfico, mais o indivíduo desfruta de ótima saúde e quanto mais à esquerda, maior a debilidade.

* Sintoma diz respeito à algo que a pessoa sente: dor, tontura, fraqueza, etc. É subjetivo e depende da interpretação do indivíduo.

** Sinal refere-se à algo objetivo e que pode ser medido por outra pessoa: batimento cardíaco, pressão arterial.

Referências:

Ozier, M. (2009).  PSYC 3828 [Slides em PowerPoint].  Saint Mary’s University,  Halifax, Nova Scotia.

Straub, R. O. (2007). Health Psychology: A Biopsychosocial Approach. New York: Worth Publishers.


Fonte: https://psicoport.wordpress.com/2009/11/03/saude-uma-abordagem-biopsicossocial/
 O que é saúde mental?

É sentirmo-nos bem connosco próprios e na relação 

com os outros. É sermos capazes de lidar de forma 

positiva com as adversidades. É termos confiança e não 

temermos o futuro.


Mente sã em corpo são!
A saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais e indissociáveis da saúde.
Problemas de saúde mental mais frequentes
  • Ansiedade
  • Mal-estar psicológico ou stress continuado
  • Depressão
  • Dependência de álcool e outras drogas
  • Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia
  • Atraso mental
  • Demências
Estima-se que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave.
A depressão é a doença mental mais frequente, sendo uma causa importante de incapacidade.
Em cada 100 pessoas, aproximadamente, 1 sofre de esquizofrenia.
Quem pode ser afectado
A o longo da vida, todos nós podemos ser afectados por problemas de saúde mental, de maior ou menor gravidade.
Algumas fases, como a entrada na escola, a adolescência, a menopausa e o envelhecimento, ou acontecimentos e
dificuldades, tais como a perda de familiar próximo, o divórcio, o desemprego, a reforma e a pobreza podem ser causa
de perturbações da saúde mental.
Factores genéticos, infecciosos ou traumáticos podem também estar na origem de doenças mentais graves.
Falsos conceitos sobre a doença mental
As pessoas afectadas por problemas de saúde mental são muitas vezes incompreendidas, estigmatizadas, excluídas ou
marginalizadas, devido a falsos conceitos, que importa esclarecer e desmistificar, tais como:
  • As doenças mentais são fruto da imaginação;
  • As doenças mentais não têm cura;
  • As pessoas com problemas mentais são pouco inteligentes, preguiçosas, imprevisíveis ou perigosas.
Estes mitos, a par do estigma e da discriminação associados à doença mental, fazem com que muitas pessoas tenham
O tratamento deverá ser sempre procurado, uma vez que a recuperação é tanto mais eficaz quanto precoce for o
tratamento.
Mesmo nas doenças mais graves é possível controlar e reduzir os sintomas e, através de medidas de reabilitação,
Todos nós podemos ajudar
  • Não estigmatizando;
  • Apoiando;
  • Reabilitando;
  • Integrando
Integração das pessoas com doença mental
Os indivíduos afectados por problemas de saúde mental são cidadãos de pleno direito. Não deverão ser excluídos do
resto da sociedade, mas antes apoiados no sentido da sua plena integração na família, na escola, nos locais de
trabalho e na comunidade.
A escola deverá promover a integração das crianças com este tipo de perturbações no ensino regular.
Deverão ser criadas mais oportunidades no mundo do trabalho para as pessoas portadoras de doença mental.
O envolvimento das famílias nos cuidados e na reabilitação destas pessoas é reconhecido como factor chave no sucesso
do tratamento.
Para manter uma boa saúde mental
  • Não se isole
  • Reforce os laços familiares e de amizade
  • Diversifique os seus interesses
  • Mantenha-se intelectual e fisicamente activo
  • Consulte o seu médico, perante sinais ou sintomas de perturbação emocional.
Não seja espectador passivo da vida!
Contribua para promover a sua saúde mental e a dos outros!
CUIDAR SIM EXCLUIR NÃO
Fonte: http://www.adeb.pt/pages/que-e-saude-mental
Drogas e álcool nas empresas
 
 
Melhore a produtividade prevendo e combatendo o
abuso de de drogas e álcool na empresa


No Brasil são 82 milhões de trabalhadores.

    A cada dia que passa se comprova que o consumo de álcool e drogas tem afetado a vida de grande parte dos trabalhadores brasileiros.
 As empresas também tem prejuízos enormes.
  • Segundo cálculos do BANCO INTERAMERICANO DO DESENVOVIMENTO ( BID ), o Brasil perde por ano US$ 19 BILHÕES de absentéismo ( falta ao trabalho ), acidentes e doenças cauzadas pelo uso do álcool e outras drogas.
  • Embora a dependência química implique sérias e reais consequências às empresas, em geral, tanto privadas quanto públicas, rejeitam esta realidade, com diminuição da qualidade de vida do trabalhador e queda de produção e qualidade para as empresas.

 O Brasil está entre os primeiros países
do mundo em acidentes de trabalho.
  •  São em média 500 mil por ano.
  •  4 mil deles resultam em morte.
  •  Grande parte destes acidentes são causados pelo consumo de drogas e álcool.

 O uso constante de drogas e álcool
na vida do trabalhador pode trazer:
  • Redução da capacidade para o trabalho.
  • Afetar o reciocínio e a concentração.
O álcool e as drogas alteram o
comportamento do trabalhador  relativo à:
  • Sua responsabilidade
  • Sua portura
  • Seus valores morais.
  • E a tudo que possa excluí-lo do convívio social. 
Conjunto de problemas que a empresa poderá enfrentar com um funcionário dependente de drogas e álcool.
 
    * Impontualidade.

    * Faltas constantes e injustificadas no trabalho.

    * Afastamento e acidentes de trabalho

    * Desperdício de material devido a má qualidade da produção.

    * Perda de concentração.

    * Perda de clareza visual e habilidade.

    * Diminuição de produtividade.

    * Diminuição da qualidade de produtos e serviços.

    * Executivos tomam decisões demoradas ou erradas.

    * Quando bebem exageradamente em ocasiões sociais podem divulgar informações sigilosas da empresa.

    * O funcionário fumante interronpe com maior frequência seu trabalho para fumar.

    * Ocorrências disciplinares.

    * Licença/saúde longas e frequêntes.

    *Aposentadoria precose.

Como funcionários se livram das drogas

"Aqui não temos problema com drogas. Não precisamos de nenhum projeto de prevenção e tratamento." Essa é a frase ouvida com bastante frequência pelos profissionais envolvidos na implementação de programas de prevenção e combate ao uso de drogas em empresas.

Se o assunto é tabu em qualquer lugar, no ambiente de trabalho então ele adquire proporções quase demoníacas. "O consumo de drogas é presente, vem aumentando na sociedade como um todo, e as empresas não estão fora disso", diz o psiquiatra Arthur Guerra, presidente do Conselho do Grupo de Estudos de Álcool e Droga da Faculdade de Medicina da USP.

Mas essa realidade é difícil de ser identificada porque, no trabalho, os efeitos das drogas, que envolvem queda na produtividade, absenteísmo e falta de motivação, muitas vezes passam despercebidos. "Aparentemente, aos olhos dos colegas e dos superiores, os usuários estão com a situação sob controle", diz Guerra.

A primeira e única pesquisa sobre drogas feita no Brasil, de 2001, em que o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Unifesp, entrevistou 8.589 pessoas de 107 cidades do país, registrou a dependência de álcool em 11,2% dos entrevistados. Essa também é a droga que mais problemas causa dentro das empresas, seguida pelo tabaco, pela maconha e pela cocaína, diz Guerra.

"O grande problema é a empresa não aceitar que o consumo de drogas existe em qualquer setor social e que o ambiente de trabalho não está imune", reclama a assistente social e especialista no assunto Leda Ribeiro, que coordena o programa cujo know-how está sendo exportado pelo Brasil para Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Trata-se do Programa de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família do Sesi-RS, desenvolvido em parceria com o Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (Unodc). A idéia original veio da Noruega, em 96, e foi adaptada à realidade brasileira. Seu maior mérito, segundo Giovanni Quaglia, do Unodc, é que o funcionário se transforma no principal agente modificador da relação da empresa com as drogas.

Antes mesmo do médico, do assistente social e do psicólogo, é ele quem vai, uma vez orientado por essa equipe multidisciplinar, identificar e "educar" quem está envolvido com drogas.

O programa prevê ainda apoio psicológico dentro ou fora da empresa, o qual pode ser estendido para a família, garantia de que não haverá demissão do funcionário e, além disso, ninguém é forçado a aderir ao programa.

A dependência -independentemente da droga- não elege cargo ou função. "De diretores a auxiliares, todos podem ter problemas", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeiras, coordenador da Unidade de Álcool e Drogas do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp. Mas quem exerce cargos gerenciais, portanto desempenha papel de líder, tende a se esconder mais, a ficar distante dos programas oferecidos.

"Há o medo de que a equipe comece a desrespeitá-lo", diz Edméia de Oliveira, psicóloga da Infraero, uma das empresas que enfrentou casos de dependência química entre gerentes.

Na Avon, o gerente de produção Nilson Wendland atua como um dos agentes modificadores. Passou por um treinamento para identificar precocemente casos de dependência química. Assim, ele observa, entre outros fatores, o rendimento dos funcionários, o índice de faltas, seu comportamento e suas reações emocionais, por exemplo. "Se notamos algum problema, perguntamos, de forma sutil, como está o dia-a-dia dele no trabalho, se há algo que possamos fazer", diz Wendland.

Isso reflete uma mudança significativa de abordagem. Há dez anos, o assistencialismo e o tom acusatório imperavam. Hoje, falar de drogas em empresas é mais fácil, no caso das que incluem o assunto nos seus programas de qualidade de vida, explica o psiquiatra João Carlos Dias, coordenador do Departamento de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria.

"Dentro desse conceito moderno, o funcionário assume a responsabilidade sobre si. E os temas álcool, tabaco e drogas ilícitas entram no rol dos problemas de saúde, dividindo espaço com programas de combate ao estresse e de prevenção ao câncer de mama, por exemplo", diz o médico.

Para Arthur Guerra, é evidente o progresso das empresas. "Não podemos negar que há a dificuldade em aceitar o problema. Mas hoje temos exemplos que provam que a interferência da empresa é indispensável; e não se trata de benemerência, mas de pensar na relação custo-benefício: sai mais barato orientar e tratar o funcionário do que demiti-lo."

(Folha de S. Paulo - 13/03/03)


As drogas mais comuns em algumas profissões

Médicos e enfermeiros
Especialmente anestesistas, cirurgiões e profissionais que trabalham em UTI tendem a consumir os chamados opiáceos, como a morfina e a dolatina. Após duas ou três vezes de uso, a pessoa pode tornar-se dependente

Caminhoneiros e motoristas de ônibus
As anfetaminas são as mais utilizadas por esses profissionais. Como, muitas vezes, são obrigados a se manter acordados a madrugada toda, recorrem à droga. Mas o efeito cessa abruptamente e, de uma hora para a outra, o usuário pode dormir no volante, o que pode causar sérios acidentes.

Operadores da Bolsa de Valores, advogados, publicitários e jornalistas
A pressão do tempo, o acúmulo de trabalho e a necessidade de produzir intensamente são razões que levam à escolha da cocaína, droga altamente estimulante, por parte desses profissionais; o álcool também é praxe, principalmente para relaxar após um dia todo de trabalho

Marinheiros e estivadores
Não somente esses profissionais, como os demais que trabalham em espaços abertos encontram menos obstáculos para consumir maconha, crack ou drogas injetáveis.

Jovens profissionais
Ecstasy, ácido e "poppers": as drogas da moda são as que mais atraem o público jovem, que pode começar a semana de trabalho baqueado pelos abusos cometidos nas baladas de final de semana.

(Folha de S. Paulo - 13/03/03)

Álcool  - Como cada droga interfere na rotina do funcionário

Os efeitos físicos vão de sensação de moleza e cansaço e dificuldade para se concentrar a dor de cabeça e enjôo, entre outros. Além disso há desconforto também para quem trabalha ao lado. O álcool é responsável por grande parte dos acidentes de trabalho que acontecem após o almoço. Quem usa essa droga tende a ser inquieto, ansioso e, às vezes, agressivo quando quer beber e não pode. Os médicos alertam para o perigo da cultura do "happy hour": recorrer à bebida para relaxar após o expediente pode levar à dependência. O álcool é ainda um dos grandes responsáveis pelo absenteísmo na segunda-feira: a pessoa bebe muito no final de semana e não consegue encarar o trabalho por causa da ressaca.

Cigarro
Aproximadamente a cada 30 minutos, o fumante começa a apresentar sintomas sutis de abstinência, como irritabilidade, inquietação, ansiedade e queda na concentração. É comum que ele conviva com esses sintomas o dia todo, livrando-se deles só ao acender um cigarro. Outra decorrência do vício é a queda na produtividade. A maioria das empresas hoje oferece os "fumódromos", que protegem os não-fumantes. Contudo, toda vez que vai fumar, o funcionário perde pelo menos dez minutos de trabalho, sem contar o tempo que leva para voltar a se concentrar. Quem fuma também tende a sentir menos disposição e faltar mais ao trabalho por doença, em consequência da queda de resistência, por exemplo.

Maconha
Quando retoma suas atividades, quem usa maconha tende a ficar desatento, disperso e com dificuldade para realizar tarefas mais complexas ou para processar várias informações ao mesmo tempo. Esses efeitos podem acometer também o usuário de final de semana e ainda com mais intensidade quem consome um cigarro de maconha todo dia. Segundo os médicos, a capacidade de concentração fica comprometida durante dois ou três dias posteriores ao uso. Quem consome a droga três vezes por semana, pelo menos, pode apresentar menor motivação no dia-a-dia.

Cocaína
Em geral, usuários de cocaína tendem a ficar instáveis mentalmente, apresentando comportamento mais impulsivo e irritadiço. O consumo no trabalho pode deixar o usuário muito eufórico em uma reunião, agressivo em outra e, não raro, deprimido após o efeito do entorpecente.

(Folha de S. Paulo - 13/03/03)

 Como companhias modernas ajudam o funcionário dependente

- Divulgam, claramente, para os funcionários de todos os níveis e setores que estão iniciando um projeto de prevenção e combate ao uso de drogas.

- Deixam claro que o empregado que participar do programa não será demitido, mas sim orientado e tratado.

- Incluem esses programas em outros maiores, de qualidade de vida, o que diminui o preconceito com o tema.

- Definem como primordial a participação da diretoria da empresa no projeto.

- Não obrigam o profissional a aderir; a participação é sempre voluntária.

- Montam equipes multidisciplinares que coordenam o programa, formadas por médicos, psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais.

- Montam equipes de monitores -funcionários treinados para "educar", orientar e encaminhar para tratamento eventuais dependentes químicos.

- Oferecem consultas com psicólogos, dentro e fora da empresa.

- Custeiam tratamentos ambulatoriais, internações e medicamentos (como adesivos para parar de fumar).

- Estendem a familiares alguns dos benefícios oferecidos aos empregados.

(Folha de S. Paulo - 13/03/03)

 Resultados de algumas empresas

Avon
De 1996, quando o programa foi instituído, até hoje, foram atendidos 82 funcionários com dependência química, dos quais uma média de 70% obteve sucesso no tratamento.

Azaléia
Dos 750 fumantes que participaram do programa de combate ao fumo realizado pela empresa no ano passado, no Rio Grande do Sul, 10% pararam de fumar.

Correios
De dezembro de 1995 a novembro de 2002, foram tratadas 183 pessoas que apresentavam problemas com drogas, sendo que 70% delas conseguiram se recuperar.

CPTM
Desde 1996, cerca de 6.300 funcionários participaram do programa contra o uso de drogas. Destes, 300 foram identificados como dependentes, e não chegou a 50 os que tiveram de ser encaminhados para tratamento fora da empresa.

Infraero
O programa de prevenção e recuperação, instituído em 1991, atendeu até este ano cerca de 110 funcionários, dos quais 90% se livraram da dependência química.

Sesi-RS
De 1994 a 2000, graças ao Projeto de Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, houve redução de 16% no número de fumantes; o consumo de álcool, considerando sua frequência e a quantidade consumida, diminuiu 12,5%; 131 trabalhadores abandonaram as drogas ilícitas; as faltas por motivo de doença ou incapacitação caíram, em média, 10%; o número de trabalhadores que costumavam se atrasar diminui de 7,2% para 5%; e a empresa passou a ser a primeira fonte de informação sobre drogas para 82% dos trabalhadores.

Volkswagen
É de cerca de 60% o índice de recuperação de dependentes químicos que participam do programa de prevenção e tratamento. As internações hospitalares por dependência química despencaram de 150 para seis -números referentes, respectivamente, ao primeiro trimestre de 1996 e ao mesmo período de 2002. Em três anos consecutivos, houve redução de 58% das horas não-trabalhadas.

(Folha de S. Paulo - 13/03/03)


Leia mais: http://www.sociedadesemdrogas.com/alcool-e-drogas-no-trabalho/

Fonte : http://www.sociedadesemdrogas.com/alcool-e-drogas-no-trabalho/

Transdisciplinaridade e os aspectos psicossociais

              Cuidar dos aspectos psicossociais da unidade de cuidados paciente/família desde o momento do diagnóstico até a reabilitação do paciente ou fase terminal da doença e morte exigirá da equipe multiprofissional um entendimento maior do adoecimento enquanto um processo dinâmico. Durante este processo, tanto o paciente, quanto seus familiares e equipe cuidadora passam por diferentes fases, com necessidades diversas, o que tornará indispensável diferentes intervenções para suprir a nova demanda. O que nos leva a concluir que cuidar é uma operação extremamente complexa.
            Na história da evolução dos cuidados, houve um tempo em que os cuidados a serem ofertados deveriam contemplar a integralidade do ser adoentado e a doença era vista como um desequilíbrio (Macieira, 2001)1 na relação do doente consigo mesmo, em suas relações sociais ou com o seu meio e ainda, e não menos importante, com a sua parte divina e espiritual. No entanto, o grande volume de informações trazidas pelos avanços científicos nas áreas de saúde, principalmente a partir do século XX, criou a necessidade de especializações profissionais, e com isto, a fragmentação dos conhecimentos. O conhecimento segmentado, formador de angústia profissional, tornou imprescindível a criação de equipes multiprofissonais de forma a não perder de vista a totalidade e a multidimensionalidade do ser cuidado. A evolução contínua impõe a seguir, o que conhecemos atualmente pelo nome de transdisciplinaridade.
            Como consequência destes inegáveis progressos, a transdisciplinaridade é, nos dias de hoje, uma prática necessária. Entretanto, surgiram novas questões: quem cuida do quê? quem avalia e quem dá suporte? qual deve ser a formação adequada? onde está o limite de atuação de cada profissional? como atender à complexidade que é o existir humano?  
            Para responder a estas perguntas, entendemos transdisciplinaridade como sendo a atuação de um conjunto de profissionais de saúde, que compreendem a realidade, congregam e elaboram os diversos saberes específicos, desenvolvem propostas de atuação integrada, implementam programas interdisciplinares e atuam de forma transdisciplinar (Veit e cols, 2009)2.
            A transdisciplinaridade oportuniza a discussão dos casos, revisão de condutas e objetivos, possibilita o respeito à diferentes perspectivas, favorece o contato e a comunicação e serve ao propósito de apoio e troca entre os membros da equipe. Além disto, a transdisciplinaridade (Veit e cols, 2009)2favorece o tomar decisões pautadas no conhecimento e na ética, após discuti-las entre as disciplinas e os profissionais de uma equipe, ter flexibilidade para reconhecer valores, direitos e realidades diferentes, respeitar a diversidade de saberes e trabalhar com indivíduos (outros profissionais, pacientes e familiares) com características pessoais e singularidades.

Referências:
1.      Macieira RC. O Sentido da vida na experiência de morte. Ed. Casa do Psicólogo. São Paulo. 2001
2.      Veit MT (org.) Transdisciplinaridade em Oncologia: Caminhos para um atendimento integrado. Realização: ABRALE - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.
Coordenação das seções: Celia Roseli Duarte Redó, Karin Sá Fernandes, Marcia Maria Alves de Carvalho Stephan, Marilia Bense Othero, Rita de Cássia Macieira e Vicente Augusto de Carvalho. HR Gráfica e Editora, SP - 2009

Rita de Cassia Macieira- Professora do IJEP - Instituto Junguiano de Estudo e Pesquisa e co-coordenadora do curso de PSICOLOGIA INTEGRATIVA TRANSPESSOALPsico-Oncologista com Certificado de Distinção em Conhecimentos pela Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia. Mestre em Saúde Materno Infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro. Presidente da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia, gestão 2008/2010.

Fonte: http://www.ijep.com.br/index.php?sec=artigos&id=227&ref=transdisciplinaridade-e-os-aspectos-psicossocias

domingo, 31 de julho de 2016

Qualidade de Vida 


Qualidade de vida é o método utilizado para medir as condições de vida de um ser humano ou é o conjunto de condições que contribuem para o bem físico e espiritual dos indivíduos em sociedade.

Origem do Conceito QVT


Objeto de reflexão e estudo há várias décadas, muitas vezes apresentada com outras denominações. Início dos estudos sobre QVT em 1950: Eric Trist e colaboradores, no Tavistock Institute de Londres Investigações sobre a inter-relação entre o indivíduo, o trabalho e a organização, com base na análise e reestruturação das tarefas, com o objetivo de tornar menos penosa a vida do trabalhador